O Povo Cigano


“O Céu é meu teto, a terra é minha pátria e a liberdade é a minha religião”

Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. 

Os Ciganos são uma etnia, um povo com cultura e dialetos próprios. Sua origem ainda é envolta de mistério. Pois, por possuírem uma cultura ágrafa, ou seja, transmitida oralmente de geração para geração, não nos deixa registros precisos.

Estudos de antropólogos culturais compararam o idioma dos ciganos, o Romani, com vários dialetos e chegaram a indícios que os ROM como popularmente são chamados partiram da Índia, 

se dividindo em grupos. Mas, não se tem a informação de quando, onde e nem o por que! Hoje, calcula-se que existam de 15 a 20 milhões de ciganos no mundo, concentrados principalmente na Europa Central, em países como as Repúblicas Checa e Eslovaca, Hungria, Iugoslávia, Bulgária e Romênia. Durante as andanças pelo mundo, eles influenciaram e foram influenciados pela cultura de várias regiões. Um bom exemplo vem da Espanha, onde a rica tradição da música e da dança ciganas deu origem ao flamenco.

Em sua maioria, os ciganos são artistas (de muitas artes, inclusive a circense), e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. Rotulados injustamente como ladrões, feiticeiros e vagabundos, os ciganos tornaram-se um espelho onde os homens das grandes cidades e de pequenos corações expiaram suas raivas, frustrações e sonhos de liberdade destruídos. Pacientemente, este povo diferenciado, continuou sua marcha e até hoje seus estigmas não sararam. 

A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Este homem é o Kaku e representa a tribo na Krisromani, uma espécie de tribunal cigano formado pelos membros mais respeitados de cada comunidade, com a função de punir quem transgride a rígida ética cigana. A figura feminina tem sua importância e é comum haver lideranças femininas como as phury-day (matriarca) e as bibi (tias-conselheiras), lembrando que nenhum cigano deixa de consultar as avós, mães e tias para resolver problemas importantes por meio da leitura da sorte.


Onde quer que estejam os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. São um povo cheio de energia e grande dose de personalidade. 


São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética, honra e justiça, senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. 

O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora. Por isso mesmo, aqueles que assistem a apresentações de dança cigana podem perceber e facilmente ficar encantados com a riqueza dos detalhes encontrados nos trajes, nos adereços e nos movimentos corporais, que saúdam, invocam e fazem fluir toda a energia e vibração do povo cigano. 


OPTCHÁ!

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