Deusas Afro-Brasileiras
OXUM
Divindade da água doce dos lagos, fontes e cachoeiras. na África, está relacionada com a fertilidade das mulheres e com a riqueza dela decorrente, já que é pela procriação que se garante a continuidade das famílias e a subsistência das comunidades. Por estas características seu culto no Brasil foi somado à Nossa Senhora da Conceição. Sua cor é o amarelo e sua insígnia e o ababé (leque com espelho). O correspondente Oxum no rito jeje é Aziritoboce. E no rito angola é Quissambo ou Samba.
IANSÃ
A força dos elementos está sob o comando de Iansã, A Destemida, deusa dos iorubás - povo negro da àfrica Ocidental. Ar, fogo e água, reunidos pela tempestade nas suas faces mais bravis, interferem na vida da Terra por vontade de Iansã. Ela é chamada também de A Guerreira pela participação nos combates ao lado de seu marido Xangô, o Trovão. Conta-se que era Iansã quem tecia as roupas de Egum, o Senhor dos Mortos, e por isso a deusa não teme a morte nem seus mistéiros. Arrebatadora, sensual e provocante, também foi companheira de Ogum, o Ferreiro, com quem teve nove filhos.
Iansã, também chamada de Oiá, representa a bravura no enfrentamento de causas difíceis. Para ela, não há guerra impossível, pois luta e vence com sua espada mágica. Mas Iansã não vive para guerrear. Sua paixão é a busca incansável por relações amorosas, nutridoras, em que não cabe sujeição nem dominação. A majestosa Iansã governa todos os processos de transformação profunda.
IEMANJÁ
Divindade das águas, tida como mãe de todos os outros orixás. Na África, era um rio que para fugir de seu marido desembocou no mar, onde passou a viver junto de sua mãe Okum. No Brasil, é cultuada sobretudo no mar, sendo associada com outros "encantados" das águas, de origem indígena. Daí ser louvada também como Rainha do Mar, Janaína, Mãe D'água, Sereia, Iara etc. No rito jeje, a divindade da água salgada é Abé, representada pela estrela guia que caiu no mar. No rito angola, o mar é representado por Mãe Danda (Dandalunda) ou Quissimbe. A festa de Iemajá, quando é costume dos devotos levar presentes ao mar, tem reunido milhares de pessoas e vem sendo realizada desde o século passado em praias, diques, fontes e lagos ao longo de quase todo o litoral brasileiro e em várias cidades do interior. Devido à relação de Iemanjá com a maternidade, seu culto no Brasil foi aproximado ao de Nossa Senhora em várias louvações.
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